Igreja matriz de S. Pedro
Desconhece-se a data da sua fundação.
O actual edifício resultou de sucessivas transformações e reparações do primitivo, que tinha já como orago o apóstolo S. Pedro.
É um edifício de grande simplicidade arquitectónica. É constituído por uma nave, tendo do lado esquerdo o baptistério, o altar do Senhor dos Passos (antiga capela da Irmandade das Almas) e o altar de Nossa Senhora das Dores e de S. João Evangelista e outro com a imagem do Sagrado Coração de Jesus.
Na porta principal tem um guarda-vento, por cima do qual está o coro, construído em 1899, ao qual dá acesso uma escadaria à direita da porta principal. Do coro, uma porta era a única comunicação para a torre até 1974, data em que se instalou a escada em caracol existente.
Tem duas portas laterais, uma de cada lado, e cinco janelas em plano elevado, gradeadas, duas de cada lado e uma por cima da porta principal.
Um amplo arco dá acesso à Capela-Mor onde se destaca o altar, em talha dourada, a todo o comprimento e altura da parede frontal. No altar destaca-se o sacrário, encimado por um trono em degraus, no alto do qual se expõe o Santíssimo em dias festivos.
Lateralmente estão as imagens de S. Pedro e de Stº. António. Duas janelas laterais permitem a entrada da luz.
Ao centro da Capela-Mor, um novo altar «versus populum», construído em 1969, segundo as determinações emanadas do Concílio Vaticano II.
À direita da Capela-Mor, uma porta permite a comunicação com a sacristia.
No prolongamento da fachada principal e à direita desta, ergue-se a torre, de base quadrangular, de 4 metros de lado e com 14 metros de altura. Nela estão instalados dois sinos e o relógio público.
No «Livro das Visitações» constam algumas das obras e reparações efectuadas na Igreja, de 1714 a 1750:
1714 -- Mandada consertar a sacristia «de sorte que fique capaz e livre de todo o perigo que pode suceder».
1718 -- Mandado assoalhar de madeira o corpo da Igreja (antes era nele espalhado junco).
1722 -- Mandado consertar o telhado da Igreja, junto ao campanário.
-- Foi construída no corpo da Igreja uma capela para se dizerem as missas da obrigação da Irmandade das Almas (onde hoje se encontra o altar do Senhor dos Passos e o Senhor do Esquife).
1725 -- Ordenada a Caiação da Igreja.
1726 -- Ordenado o conserto do tecto da Igreja, «junto ao arco por estar desunido».
1737 -- Foi ajustado o entabolamento e forro do corpo da Igreja ao mestre Agostinho Rodrigues, da Vila de Castelo Branco.
1750 -- Focou-se a necessidade de reformar o tecto da Capela-Mor e de se dourar o altar da mesma.
1886 -- Contribuição de 50 920 réis da confraria de Nª Senhora do Rosário para serem gastos na Igreja Matriz (obras não descriminadas).
1889 -- Construção do coro.
1909 -- Construção do novo altar da Capela-Mor.
1932 -- Completa restauração do telhado da Igreja.
1933 -- Douramento do altar da Capela-Mor.
1934 -- Instalação do relógio público (20-04-1934).
1952 -- Douramento dos altares de Nª Senhora do Rosário e do Sagrado Coração de Jesus, pela importância de doze mil escudos, que sobrou do pagamento da instalação do telefone.
1969 -- Restauração da sacristia com substituição do pavimento, instalação de armários fixos e água canalizada.
1973 -- Substituição do relógio público.
1974 -- Completa restauração do pavimento da Igreja (substituição do madeiramento por mosaico e granito).
-- Aplicação de azulejos nas paredes até à altura de 1,5 metros.
-- Substituição das colunas se sustentação do coro.
Fachada Principal
Torre
Torre
Altares
Altar-Mor
Srª da Conceição - S. Pedro - Stº António
Senhora do Rosário
Sagrado Coração de Jesus
Senhor dos Passos
Calvário
Baptistério
Pia baptismal
Coro
Tela
Tela
Presépio